sexta-feira, 12 de abril de 2024

Não é todo dia que se faz 25 anos

 

Vamos de comemoração

Não é sempre que se faz 25 anos

 
  
O desfile das amigas

 
E com a gente mais séria

 
Mas todos repletos de muita alegria

 
Com gratidão a Deus, pela dádiva à familia

 

E a cada um de todos nós

  

 


Em nosso nome, agradecemos todo esse carinho.

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Momentos

 

   Há momentos na vida sublimes. Aliás, o Autor da vida, que começou por colocar-nos num jardim, deseja que todos os momentos fossem sublimes. Queria sublime a vida inteira. Mas, como costumo dizer, agora nus e fora do paraíso, o Autor planejou, em meio a caminhada, estalagens no meio do caminho. Mas não para fuga, senão abrigo.


   Uma delas, e lá sevão, mais ou manos, quase 35 anos, montamos num quitinete em Copacabana. Bairro com sua história, apenas um areal no início do século passado, com a construção do Túnel Novo, em 1906, ora vejam só, o areal foi então desbravado, e por uma linha de bondes. E o nome Copacabana provém de uma igrejinha, erguida outrora bem na ponta onde hoje fica o Forte de Copacabana, obra iniciada em 1908, onde atualmente situa-se um Museu do Exército, no Posto 6.


  Bem ali ao lado visitava, com Eunice Spiller, duas irmãs suas amigas. Ela foi diaconisa e alma dessa estalagem do quitinete, a Igreja Congregacional em Copacabana, iniciada em 31 de outubro de 1985, exatos 468 anos depois da Reforma, pela coincidência desta data. Lá cheguei em 1991, a convite de seu fundador, pastor Antonio Limeira Neto, retirante pelo sertão baiano, com sua família, pedreiro operário construtor de instalações no antigo IBP - Instituto Bíblico em Pedra de Guaratiba, na década de 1940 e desbravador, na década de 1980, em Boa Vista, RR, Manaus, AM e Rio Branco, AC, onde estamos desde 1995, eu e minha família.


  Havia na sala desse quitinete um grupo, na época, denominado Neuróticos Anônimos, hoje conhecidos pelo nome de menos sobressaltos de Emocionais Anônimos. Como foi reconfortante aprender com eles e seus dilemas, muito dos quais tocantes, mas que os revelava como heróis e gigantes de suas próprias emoções. Sentávamos uma das tardes daquelas semanas, cerca de 1h30min exatos, para estudar Os Doze Passos e as Sete Tradições. Estas, para se saber como conduzir o grupo, aquelas, os efetivos passos para domesticar as emoções.

 

   Em meio a esse grupo conheci Hilede Catanhede. Orgulhosa de seu nome e sua família. cerregada de recordações, que até hoje lamento de não haver muito mais explorado em nossas diversas conversas, pois se tornou assídua frequentadora de nossa estalagem no meio do caminho da vida. Amiga de coração minha e de Eunice. Chegou a contar sobre sua infância, ora, pelos meus cáculos, na década de 1920, por um desses casarões de Botafogo. Descrevia os jantares em família, para acolher as visitas especiais. E vez por outras, mencionava por nomes os irmãos, cada um deles em seus encargos de renome.


  Certa vez, contou como, no elevador do edifíco onde residiu, na Tonelero, incidentalmente esbarrou com JK e seu sorriso. Sim, era bem perto ali do outro túnel, denominado Rubem Vaz, em desagravo ao assassinato do major-aviador, em 5 de agosto de 1954, que vai desencadear os acontecimentos que findam no suicídio de Vargas naquele mesmo 24 de agosto. Hilede viveu no coração da história e esbarrou com seus atores.


   Com era bom conversar com ela, surfar por sua visão de mundo, seu modo de navegar em vento suave pela vida, fossem quais fossem as ameaças de tempestade no horizoente. Nesse seu apartamentinho da foto que, por hiatos de minha vaga memória e ausência de um diário de vida, nem mesmo do endereço eu lembro, nós a visitamos várias vezes, tornando a distância Rio Branco, AC-Copacabana, Rio, RJ zero. E a foto acima bem retrata um desses dias de paz e de alegria, de afagos de saudade.


   Era uma católica convicta, amiga de um pastor protestante, no caso eu mesmo, atenta aos estudos bíblicos das noites de quarta-feira. Mil perguntas, seguia com sua devoção a Maria e aos anjos, e eu com meu painel celeste simplificado, na única mediação que nós admitimos, por meio de Jesus. Mas as diferenças nunca nos afastaram, ao contrário, definiam nossa identidade e toda a possibilidade de amor. 


   Hilede Catanhede me fez e nos fez conviver com momentos sublimes nesta breve existência que todos compartilhamos. Sua agilidade, versatilidade de raciocínio, praticidade no trato, simplicidade na equação da vida concedeu ao grupo dos Emocionais, à nossa reunião, fosse de oração ou de estudos bíblicos, e a mim e Eunice, nesse quitinete, um conforto angelical. Certa vez, discutimos essa história de conversar com os anjos.


  Ela insistiu em dizer que conversava com o seu anjo da guarda. Eu insisti em dizer que não conversava com o meu. E tudo acabou bem, tudo acabou igual, ela com o seu sorriso e eu com esse meu. Ainda me vejo caminhando com Hilede pelas transversais de Copacabana, após os encontros de nossos grupos, nas tardes-noite daqueles dias. Nessa foto desse encontro, ela beirava os 89 anos. Numa visita à portaria do edifício onde residia, tempos depois, o porteiro me informou que havia se mudado para a casa do irmão, em Cabo Frio.


  A essa altura, eu acho que já se mudou de novo, mas, desta vez, para seu endereço definitivo. E não mais vai conversar, apenas, com o seu anjo da guarda, mas com todos. E devem estar sorrindo muito juntos. Pois as histórias que ela contava e as confidências que fazia, do modo como, vitoriosa, aprendeu a superar seus revezes, devem fazer sucesso nesse novo endereço. Anjos adoram (Epa! Desculpem, sem saber direito seu destino final), apreciam muito histórias de humanas desse viés.

Pequeno recital do dia:

domingo, 7 de abril de 2024

Relevância do texto dissertativo-argumentativo

    O texto dissertativo-argumentativo este escolhido pelo Departamento de Atividades Ministeriais da UIECB - União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil, é considerado o ponto de partida para avanço adiante no contexto acadêmico.

  Por isso que no ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio, organizado ao nível do Ministério da Educação e Cultura, ele marca a transição do final da Educação Básica, como mecanismo de acesso à graduação, oferecida pelas várias Faculdades e Universidades que constam da lista de acesso.

   A formulação desse denominado gênero dissertativo de texto subdivide-se em três partes: (1) Introdução, (2) Desenvolvimento e (3) Conclusão. Embora essas partes apareçam, aqui, assim classificadas, no texto final se entrelaçam por recursos linguísticos, especificamente os denominados marcadores de coesão.

   Essa interconexão se revela no texto, por sua clareza, correção sintática, ortográfica e gramatical, expressa por sua coerência argumentativa. Na Introdução deve aparecer explicitada a tese ou frase afirmativa que expressa a opinião do candidato, em reposta ao tema proposto.

   Logo após essa afirmação, devem vir anotados que argumentos serão discutidos, como garantia e confirmação dessa tese proposta e já escrita pelo candidato. Pode-se dizer que até aqui escrevemos o primeiro parágrafo.

   A continuidade do texto já está, de antemão, definida, pois serão discutidos, ampliados e confirmados os argumentos mencionados na Introdução. Nesta parte do Desenvolvimento é que deve se destacar a capacidade e genialidade de quem escreve.

   Além da norma culta da língua, desde o começo do texto assumida, o repertório sociocultural do candidato vai aparecer. Marcadores de coesão, que são termos gramaticais que evitam repetições e conferem unidade ao texto, vão construir a condução do raciocínio e a estruturação do texto, estabelecendo sua coerência.

      Esta coerência, por sua vez, vai revelar esse mencionado repertório sociocultural do candidato, resultado de sua experiência com a leitura, a lucidez de raciocínio e a capacidade de ser flexível no uso da norma culta da língua portuguesa. 

    Todo esse aparato é fundamental na formação pastoral, mesmo porque a vida do futuro ministro vai requerer argumentação na defesa de suas convicções, na oratória no púlpito, no aconselhamento pastoral e em sua produção textual rotineira. Principalmente, como sempre se deve supor, em dar continuidade a sua formação acadêmica.

   Retornando ao texto, uma vez terminada a argumentação, que representa a parte que corresponde ao Desenvolvimento, no último parágrafo deve constar a conclusão do texto, que não será aleatória, mas deverá articular-se com essa parte anterior, apontando para uma solução da tese exposta na primeira linha do texto.

   E essa conclusão deve ser concreta, e não vaga ou por demais genérica, indicando solução clara, prática e exequível, definindo quem ou como, por que meios e com que finalidade está sendo proposta.

   Esse gênero textual, que propõe uma tese, em resposta a um tema indicado, reflete um procedimento que se aplica, no contexto acadêmico, em grande escala. Os trabalhos requeridos nos variados níveis de formação sempre exigem esse procedimento, do qual o texto dissertativo é esboço geral e embrionário.

   Portanto, desde uma simples argumentação, utilizada em aconselhamento pastoral, numa exortação, em aulas de escola dominical, estudos bíblicos e até no púlpito, uma ideia regente que atende a uma temática ou problema levantado, será acompanhada por argumentos e visa uma conclusão final.

    Na vida acadêmica, em maior ou menor escala, Tabalhos de Conclusão de Curso - TCC, Monografias, Dissertações de Mestrado e até mesmo Teses de Doutorado sempre apresentam um problema a ser solucionado, que será sustentado por argumentação consistente, visando a apresentação final de uma conclusão.

   Por isso o texto dissertativo-argumentativo representa, na vida do pastor, uma habilitação coerente, necessária e plenamente condizente com sua atividade, levando-se em conta o modo como a formação acadêmica faz, certamente, parte da formação ministerial, ao lado das convicções que acompanham a autêntica vocação. 

sexta-feira, 15 de março de 2024

A casa

 Uma vista de uma casa

 
Assim
Mas com detalhes mais
assim ou assim


De qualquer modo, seja assim.
 
 

Porque não dá para passar assim, de viés,
Seja bem-vindo à sala de estar:

    

com refinamentos de decoração.

 

Com toques de estilos de época


e símbolos de acolhimento e memórias de bons tempos,
com seus segredos.

 

Toda uma história de tempos, em família, 


desdobrada ao longo do tempo


com traços de mãos de muita arte, em todos os sentidos e detalhes:

  

 

E com recantos especiais, como o do chefe da casa, Mestre da organização:

   

  

com detalhes de cuidado bem à entrada.


   
                               
E senso de organização compartilhado, ora, vejam só se não, e por todos os ambientes:

  

  


  

Sem falar e falando nos traços pitorescos:

  
  Pinguim de geladeira, o Recanto da Arte e o Filtro "Carranca de Leão".

  
 
O acesso com interfone século XX, mesa sempre acolhedora e mensagens de fé.

  

Alarme de presença, contagem das horas e até mesmo dos anos.

    

Refeições, muito especiais, preparadas com toda a higiene e bom gosto:

 

o detalhe da limpeza com todas as exigências e em todos os cômodos.

  

Bem, atores e artistas, cantos e recantos

  

Ainda alguma arte e despedida

  

Mas fica, por toda a eternidade, mensagem garantida:

 

Há lugar nesta casa, sim, sempre houve lugar, mais ainda, porém, na outra casa prometida:

² Na casa de meu Pai há muitas moradas. 
Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. 
Pois vou preparar-vos lugar.
³ E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, 
para que, onde eu estou, estejais vós também. 
João 14:2,3.